Arquitetura por Camille Lanzer

QUORETO

A intervenção Quoreto foi montada por alunos da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais. Estando no primeiro semestre a intervenção foi um trabalho da aula de Fundamentação para Projeto de Arquitetura e Urbanismo I. A turma dividida em grupos de aproximadamente oito alunos contou com seis diferentes elaborações.
As intervenções ocorreram no dia 12 de janeiro de 2013 na cidade de Catas Altas. Com duração de apenas um dia, a apresentação dos trabalhos iniciou-se no final da tarde encerrando-se a noite. A “cidadezinha” virou uma festa e a aceitação dos moradores foi grande.

A intervenção nomeada Quoreto ocorreu na Praça Raimundo Gonçalves Viegas, em Catas Altas. O nome provém da expressão latina Status Quo que significa o estado atual das coisas.
A ideia do trabalho surgiu do processo conhecido como brainstorm, nele os integrantes do grupo colocaram no papel todas as sensações que o lugar havia passado. Diversão, tradição, exploração entre outras, apareceram nas anotações. O consenso desse exercício foi que a praça seria muito setorizada, ou seja, a divisão de semicírculos, verificada nos caminhos, formaria diferentes espaços não integrados. Dessa maneira, o grupo decidiu “juntar os pedaços”.

Planos formados por barbantes foram espalhados por todo o local, seu objetivo era criar barreiras nos caminhos normalmente utilizados para que os visitantes percebessem a praça de um modo novo. Além disso, os barbantes ligariam pontos distintos, integrando-os. Os fios eram de três cores, azul, amarelo e vermelho. Com eles, ainda foram concebidos oito telefones de latinha, com o mesmo objetivo.

No coreto foram expostos panos de diferentes tipos e tamanhos e neles projetadas imagens de texturas da praça. Essas fotografias foram tiradas pelo próprio grupo com a intenção de mostrar às pessoas o que elas provavelmente ainda não haviam percebido.
Finalmente, a iluminação foi reforçada por cinco refletores. Estes dispostos por toda a praça cooperaram com a estética da intervenção além de exaltarem o propósito do trabalho.
Durante a intervenção os moradores interagiram cada a sua maneira. As crianças correram pelo coreto e brincaram na pracinha, os adultos observaram e conversaram, utilizando a praça como espaço de socialização. Os telefones de latinha fizeram sucesso, as crianças aprenderam a utiliza-los enquanto os adultos reviveram sua infância.